Morreu na tarde da última
quinta-feira (14/06), data em que completou 67 anos, o cineasta Carlos
Reichenbach, diretor de clássicos do cinema brasileiro como Lílian M: Relatório
confidencial (1975) e Filme demência (1986).
Edward Freund e Célia Olga Benvenutti em Lilian M. - Relatório confidencial |
Reichenbach teve uma carreira bem
diversificada. Foi diretor, diretor de fotografia (Orgia, ou o homem que deu
cria (1970) e S.O.S. Sex shop – Como salvar meu casamento (1984)), ator (O
bandido da luz vermelha - 1968), produtor (Alma corsária – 1993) e compositor (Puta
solidão – 2001).
Ênio Gonçalves em Filme demência |
Recebeu em 1986 em Gramado o Kikito
de melhor diretor por Filme demência e o candango de melhor filme no Festival
de Brasília por Alma Corsária em 1993.
Carolina Ferraz e Bertrand Duarte em Alma Corsária |
Nos anos 80, foi tema de mostra
retrospectiva em Roterdã, Holanda. Na edição desse ano, o festival exibiu uma cópia
restaurada de Lílian M. – Relatório confidencial.
Sócio da produtora Dezenove Som e
Imagem, apresentava desde 2004
a sessão do Comodoro no Cine Sesc que exibia mensalmente
filmes raros, nunca exibidos no país.
Teve uma parada cardíaca em sua casa.
Deixa mulher, três filhos e uma neta.
Para quem quer conhecer mais sobre sua carreira, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo lançou em 2005 na Coleção Aplauso, o livro Carlos Reichenbach - O cinema como razão de viver. Na época, eu comprei o livro a R$ 9,00.
FILMOGRAFIA COMO DIRETOR
(os filmes marcados com * são
os assistidos por mim)
2.
Bens
Confiscados (2004) *
3.
Garotas
do ABC (2003) *
4.
Equilíbrio
e Graça (2002)
6.
Olhar
e Sensação (1994)
7.
Alma
Corsária (1993) *
8.
City
Life (1990) (segmento "Desordem em Progresso")
10.
Filme
Demência (1986) *
11.
Extremos
do Prazer (1984)
12.
Amor,
Palavra Prostituta (1982)
13.
As
Safadas (1982) (segmento "Rainha do Fliperama") *
17.
A
Ilha dos Prazeres Proibidos (1979) *
18.
Lilian
M.: Relatório Confidencial (1975) *
19.
Corrida
em Busca do Amor (1972)
20.
Audácia
– A fúria dos desejos (1970) (segmentos "Prólogo" and
"Badaladíssima dos Trópicos X Os Picaretas do Sexo, A")
21. As Libertinas (1968) (segmento "Alice")
21. As Libertinas (1968) (segmento "Alice")
22. Esta
Rua Tão Augusta (C.M.) (1968)
Vanessa Alves em Anjos do Arrabalde |
Gilberto, Brasileiro não conhece brasileiro.
ResponderExcluirBeijos!
Carlão vai deixar saudades. Grande cineasta. Tive a oportunidade de trocar boas palavras com ele pelas redes sociais. Sempre muito solicito, uma vez lhe enviei um convite para um site americano de compartilhamento de filmes raros. Ele pareceu ficar bem satisfeito e eu muito mais. Um sujeito especial.
ResponderExcluirOlá, Gilberto. Que bela homenagem. Nem todos tem um poder de comunicação tão bem como tinha Carlos Reichenbach. No mais um forte abraço
ResponderExcluirOi, Gilberto. Concordo com a Janice, não conhecia esse cineasta...acho que hoje em dia os profissionais brasileiros estão sendo mais valorizados. Um abraço!
ResponderExcluirUma perda insuperável.
ResponderExcluirMeu primeiro curta foi ministrado por um ex-auxiliar do falecido diretor.
Perdemos um dos poucos bons artesãos do nosso cinema, em se tratanto de uma época mais para trás.
ResponderExcluirRefuto suas obras "Ilha dos Prazeres Proibidos/79" e "Anjos do Arrebalde/87", duas obra suas, de todas as que assisti, as que impõe mais qualidade, mais apuro nas confecções, uma melhor atenção no comando.
Carlos Reichenbach não era um diretor para ficar por detrás das camaras de qualquer filme. Ele, quando se propunha a dar criação a algo, dali podia se esperar um produto final com conteudo.
So temos a lamentar por sua perda. O mais é sair às pressas para ver o que ele fez que não foi ainda visto. Eu preciso ver dele, e com urgencia, Alma Corsária/93 e Liliam M.- Relatorio Confidencial/75, este de uma época mais antiga.
jurandir_lima@bol.com.br
Ola Gilberto,realmente foi uma perda lamentável,e a tua homenagem á este nosso cineasta foi excelente.Parabéns pela tua brilhante postagem.Meu grande abraço.
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