sábado, 31 de outubro de 2009

O DIA DO GATO (Brasil, 1988) **

Direção: David Cardoso. Com: David Cardoso, Helô Pinheiro, Edgard Franco, Mariza Sommer, Thalyta Cardoso, Américo Taricano, Bentinho, Ruthinéia de Morais, Débora Muniz e Waldirene Manna. 73 min. Policial.

Último filme como astro do rei da Pornochanchada, David Cardoso, supostamente o único homem que conseguia levar público aos cinemas, apenas pelo seu nome, já que o chamariz eram as atrizes bonitas (talentosas ou não). Ele nasceu no Mato Grosso do Sul em 1942 e em 1963 mudou-se para São Paulo e começou a trabalhar no cinema como continuista e diretor de produção de um filme de Mazzaropi, "O lamparina", onde também faz uma ponta. Em seguida, fez pequenos papéis em dois filmes de Walter Hugo Khouri, outro do Mazzaropi e um de Roberto Carlos, até 1971 quando protagoniza o musical "A moreninha" ao lado de Sonia Braga e no ano seguinte: "Sinal vermelho: As fêmeas" com Vera Fischer, momento em que sua carreira deslancha e fica marcada por papéis sensuais por toda a década de 70 e 80. NO total participou de 43 filmes como ator, 18 como diretor e 24 como produtor, através de sua produtora Dacar Produções Cinematográficas. Nos tempos difíceis, chegou a produzir e dirigir 04 filmes de sexo explícito com o pseudônimo de Roberto Fedegoso.

O DVD de "O dia do gato" faz parte da coleção anos 80 e traz uma capinha mentirosa, dizendo que este filme foi um fenômeno de bilheteria que transformou David Cardoso no maior astro brasileiro dos filmes de ação dos anos 80. Ele pode até ter sido um astro, mas não por causa desse filme com suspense e ação frouxos e que não fez muito sucesso de bilheteria. O único extra são algumas fotos de cena, mas a capinha informa que há também trailers de outros filmes. A imagem tem riscos o tempo todo, além de borrões e necessita de restauração. Não me importo muito com iso, já que é sinal que o filme é raro ou está mal conservado e é bom que se veja logo antes de se perder totalmente, mas este está salvo já que foi lançado em DVD.

Conta a história de Gato (David Cardoso), um ladrão que invade uma casa juntamente com seus comparsas para roubar uma Mercedes e mantêm como reféns todos os integrantes da família, o marido (Edgar Franco) que tem um hospital que faz abortos, a mulher insatisfeita (a eterna garota de Ipanema Helô Pinheiro), a filha que fez um aborto clandestino (Waldirene Manna), a cunhada que tem um caso com o ladrão (Mariza Sommer), a filha que se acha esperta e simpatiza com o bandido (Thalyta Cardoso, filha de David) e as empregadas que só querem garantir o seu dinheiro.

O filme é bastante curto (73 minutos), mas mesmo assim ainda resulta arrastado. Os ladrões roubam o carro mas mesmo assim continuam na casa sem nenhum motivo aparente. Além disso, não tem quase nada de erótico, só uma cena de nudez de David Cardoso (que dava sempre um jeito de mostrar a bunda ou seu sexo nos filmes) e uma cena de sexo (simulado) entre ele e Mariza Sommer que é uma atriz feia, aliás como quase todo o elenco.

A atriz pornô Débora Muniz (A dama de Paus) faz um papel sério, como uma das empregadas, já a desconhecida Waldirene Manna teve uma morte misteriosa durante as filmagens.

Veja se tiver curiosidade em conhecer o último filme de David Cardoso ou se tiver tempo e paciência.



2 comentários:

  1. Quando os filmes do David passavam nos cinemas,não tinham nudez frontal masculina,havia muitos cortes,me lembro bem.

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  2. A feiúa assim como a beleza é um conceito subjetivo,o seu ideal de beleza só serve pra você.No mais,o elenco é lindo como eu e tu.

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