sábado, 7 de novembro de 2009

UMA HISTÓRIA DE CINEMA

Nem me lembro como ou quando começou a minha paixão por cinema. Só sei que fazem muitos anos, talvez uns 20. Tenho lembranças vagas de um filme sobre um naufrágio que passou na sessão das 10 do SBT, onde quase todos os personagens morriam e eu criança ingênua achando que tudo aquilo era de verdade, morria de chorar. Não me lembro se era alguma versão antiga de Titanic. Não consegui gravar o nome e nem sei se foi o primeiro filme que assisti.

Criança é sempre fissurada por filmes de terror e eu não era diferente. Morria de vontade de assistir aos filmes da série “Colheita maldita”, “Sexta-feira 13” e “Jack – O estripador”, mas como eles sempre passavam tarde na televisão, eu me contentava em fazer teatro com os primos reproduzindo essas histórias.

Assistia todos os dias os filmes da Sessão da Tarde e do Cinema em Casa e fico impressionado como essas sessões estão exibindo filmes piores e menos conhecidos hoje em dia. Os filmes dos Trapalhões e da Xuxa passavam direto, principalmente nas férias escolares. Era fã de “A incrível mulher que encolheu”, “Cuidado com as gêmeas”, a série “Porky” (que depois revi e não gostei), Grease, Ghost, Don Camillo, Um visto para o céu, Cocoon, O resgate de Géssica, E.T. e tantos outros que lembro com saudade de alguns detalhes apesar de não ter revisto a maioria deles.

Tudo se intensificou em 1995, quando a Globo exibiu a série “100 anos luz” sobre os 100 anos do cinema e eu descobri que eu não sabia ou entendia quase nada sobre o assunto. Me lembro especificamente de um episódio que falava dos musicais americanos e de cenas de “Sete noivas para sete irmãos” e “Cantando na chuva”, que assisti um bom tempo depois e são indispensáveis. Lembro também de um episódio sobe o cinema brasileiro, que eu não conhecia quase nada até então. Nesse episódio foram exibidas cenas de “Índia – A filha do sol” e “Gabriela”. Talvez a paixão por cinema nacional tenha começado ali. Morro de vontade de rever esse especial. Em 95, já estudava à noite e quando chegava em casa depois da aula, o Intercine que naquela época passava às 23 horas, já estava começando. Assistia quase todos os dias. Foi em 95 também que comecei a anotar os filmes que assistia, o que faço até hoje.

Fui ao cinema pela primeira vez em 1997, quando me formei no 2º grau e minha turma ganhou uma visita ao shopping e consequentemente ao cinema. Assisti “Até o limite da honra” com Demi Moore. O filme foi muito criticado, mas eu adorei. Depois disso fui várias vezes ao cinema, não tantas quanto gostaria já que aqui em minha cidade não tem cinema e só há pouco tempo tem locadora.

Em 2002 comprei meu primeiro videocassete. Olha que irônico, quando o DVD já estava começando a tomar conta do mercado brasileiro é que eu fui comprar vídeo. Sem a opção de alugar fitas em VHS, a única coisa que me restava era gravar filmes da televisão. O que eu fazia sem parar: Intercine, Corujão, Sessão de gala, Domingo maior e tantas outras sessões. Foram mais de 1000 filmes gravados.

Já em 2008, comprei um gravador de DVD que substituiu quase totalmente o vídeo (que só uso de vez em quando). Foi quando percebi que a qualidade de som e imagem é mesmo superior à do VHS, além dos extras e das opções de áudio e legendas. Há pouco tempo surgiu o Blu-ray mas ainda não conheço.

Vejo um filme por dia (com exceção dos dias em que tenho aula) quando não vejo dois ou até três. Sinto falta quando não vejo. Quando tenho muito acumulados, fico ansioso, mas quando não tenho nenhum para ver, dou um jeito de arrumar.

Um comentário:

  1. Pois é, eu também tenho uma história parecida...

    Afinal agente é louco por filmes.

    Até a próxima...

    ResponderExcluir