Como tinha adiantado, ontem foi o lançamento da 2ª edição do DICIONÁRIO DE FILMES BRASILEIROS do Antonio Leão da Silva Neto. Estava marcado para as 18 horas e como eu cheguei atrasado fiquei morrendo de medo de perder o meu exemplar, já que eu sabia que não seriam distribuídos muitos e que o lote do IBAC (Instituto Brasileiro de Arte e Cultura) já está esgotado. Mas felizmente cheguei a tempo. O autor disse que já tem mais de 500 pessoas na fila do IBAC aguardando e que seu livro: ASTROS E ESTRELAS DO CINEMA BRASILEIRO também vai ganhar uma 2ª edição em março do ano que vem com 1000 novos astros e estrelas. Enquanto aguardava na fila pelo autógrafo do autor, o ator e diretor Marco Ricca estava dando entrevista bem próximo, falando de seu primeiro filme, CABEÇA A PRÊMIO que seria exibido na 2ª sessão do dia, depois das 22 horas, mas como eu não podia esperar, infelizmente não assisti. Claro que não vou perder na reexibição depois que terminar o festival.
A primeira sessão foi formada por filmes goianos. Inicialmente o Curta NEVILE E O LOBISOMEM DE GOIÂNIA de Márcio Venício e Juca Fernandes, que fala do início da cidade de Goiânia, quando os fazendeiros da região estavam temerosos sobre o ínicio dessa empreitada e pensavam que não daria certo. Corre a história de um lobisomem que assusta os moradores. Uma mistura de misticismo com interesses em compra das terras dos mais medrosos. A produção de época até que é bem cuidada, com atores locais e um certo amadorismo que deixa o filme com um sabor trash bem interessante.
Em seguida foi exibido o longa em vídeo digital: KALUNGA, Direção: Luiz Elias, Pedro Nabuco e Sylvestre Campe. 77 min. É a história do remanescente quilombo Kalunga que fica no noroeste goiano e de seus moradores que lutam pela demarcação permanente de suas terras. São histórias de pessoas simples que não tem muitos sonhos de grandeza, só querem o que é deles de direito: a terra em que nasceram e cresceram, onde viveram seus ancestrais escravos e por isso lutam. Brígida, uma das pessoas mais engraçadas do filme, conta a história de como vivia infeliz e do sonho que tinha em se casar, pois achava que assim resolveria seus problemas e assume na maior naturalidade que depois que se casou as coisas pioraram. Um amigo comentou comigo a fala de um filósofo, que agora não lembro o nome: "A vida é um sonho e o casamento é o despertador que nos acorda desse sonho". Depois que se separou do marido Brígida mudou para Goiânia e agora depois de muitos anos volta ao seu povoado para rever seus parentes e amigos, numa verdadeira viagem da alma, em que pairam as dúvidas sobre ficar num lugar subdesenvolvido, mas que ela ama, ou viver na capital, mesmo longe dos seus.
O filme é narrado por Maria Paula (do Casseta e Planeta) e por ele transitam vários outros personagens cheios de esperanças nos políticos que prometem resolver o problema da demarcação das terras. É engraçada a fé duvidosa de uma senhora que no mesmo momento em que diz ter muita fé que esse problema será resolvido, já pergunta ao entrevistador se isso vai acontecer.
Os dois filmes falam sobre latifúndio. O primeiro no início do povoamento de Goiânia e o segundo mais especificamente no povoado dos Kalunga e o medo de todos com o poder dos grandes fazendeiros que podem tomar as terras para si. O problema é que só é mostrado o lado das vítimas e de vez em quando o filme começa a se desviar do seu foco e começa a ser chato, o que é imperdoável para um filme tão curto (77 min). Mas sempre é possível aprender alguma coisa e foi muito interessante conhecer a história desse povo tão sofrido e esperançoso.
PROGRAMAÇÃO PARA HOJE À NOITE (19h30):
¤ Rosa, Uma História Brasileira, de Luiz Eduardo Jorge (doc./ 20min/GO)
¤ Corpos Celestes, de Marcos Jorge e Fernando Severo (fic./ 91min/PR)
¤ Soldado da Paz, de Guilherme Gardinni (ani./4min/GO)
¤ Eu, Eu, Eu José Lewgoy , de Cláudio Kahns (doc./ 85min/SP)
A primeira sessão foi formada por filmes goianos. Inicialmente o Curta NEVILE E O LOBISOMEM DE GOIÂNIA de Márcio Venício e Juca Fernandes, que fala do início da cidade de Goiânia, quando os fazendeiros da região estavam temerosos sobre o ínicio dessa empreitada e pensavam que não daria certo. Corre a história de um lobisomem que assusta os moradores. Uma mistura de misticismo com interesses em compra das terras dos mais medrosos. A produção de época até que é bem cuidada, com atores locais e um certo amadorismo que deixa o filme com um sabor trash bem interessante.
Em seguida foi exibido o longa em vídeo digital: KALUNGA, Direção: Luiz Elias, Pedro Nabuco e Sylvestre Campe. 77 min. É a história do remanescente quilombo Kalunga que fica no noroeste goiano e de seus moradores que lutam pela demarcação permanente de suas terras. São histórias de pessoas simples que não tem muitos sonhos de grandeza, só querem o que é deles de direito: a terra em que nasceram e cresceram, onde viveram seus ancestrais escravos e por isso lutam. Brígida, uma das pessoas mais engraçadas do filme, conta a história de como vivia infeliz e do sonho que tinha em se casar, pois achava que assim resolveria seus problemas e assume na maior naturalidade que depois que se casou as coisas pioraram. Um amigo comentou comigo a fala de um filósofo, que agora não lembro o nome: "A vida é um sonho e o casamento é o despertador que nos acorda desse sonho". Depois que se separou do marido Brígida mudou para Goiânia e agora depois de muitos anos volta ao seu povoado para rever seus parentes e amigos, numa verdadeira viagem da alma, em que pairam as dúvidas sobre ficar num lugar subdesenvolvido, mas que ela ama, ou viver na capital, mesmo longe dos seus.
O filme é narrado por Maria Paula (do Casseta e Planeta) e por ele transitam vários outros personagens cheios de esperanças nos políticos que prometem resolver o problema da demarcação das terras. É engraçada a fé duvidosa de uma senhora que no mesmo momento em que diz ter muita fé que esse problema será resolvido, já pergunta ao entrevistador se isso vai acontecer.
Os dois filmes falam sobre latifúndio. O primeiro no início do povoamento de Goiânia e o segundo mais especificamente no povoado dos Kalunga e o medo de todos com o poder dos grandes fazendeiros que podem tomar as terras para si. O problema é que só é mostrado o lado das vítimas e de vez em quando o filme começa a se desviar do seu foco e começa a ser chato, o que é imperdoável para um filme tão curto (77 min). Mas sempre é possível aprender alguma coisa e foi muito interessante conhecer a história desse povo tão sofrido e esperançoso.
PROGRAMAÇÃO PARA HOJE À NOITE (19h30):
¤ Rosa, Uma História Brasileira, de Luiz Eduardo Jorge (doc./ 20min/GO)
¤ Corpos Celestes, de Marcos Jorge e Fernando Severo (fic./ 91min/PR)
¤ Soldado da Paz, de Guilherme Gardinni (ani./4min/GO)
¤ Eu, Eu, Eu José Lewgoy , de Cláudio Kahns (doc./ 85min/SP)
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