quarta-feira, 7 de março de 2012

1300 FILMES BRASILEIROS


Bruno Garcia e Bruna Lombardi em Onde está a felicidade?

Completei dia desses 1300 filmes nacionais assistidos, com o filme Onde está a felicidade? de Carlos Alberto Riccelli e roteiro de Bruna Lombardi. O filme é meio chatinho e bem inferior ao anterior da dupla, O signo da cidade, mas isso é só um detalhe.

A princesa Xuxa e os Trapalhões

A paixão pelo Cinema Nacional surgiu há muitos anos, com certeza influenciada pelos filmes dos Trapalhões e da Xuxa, que eram exibidos constantemente na Sessão da Tarde da Rede Globo. Depois acompanhava o “Made in Brazil” da Band que exibia entre outros filmes nacionais, as adoráveis pornochanchadas. Em seguida veio a TVE Brasil com o Cadernos de Cinema que após a exibição dos filmes, levava convidados para debater o longa sob o comando da jornalista Vera Barroso. A rede Globo, naquela época só exibia filmes brasileiros na primeira semana do ano com o Festival Nacional, mas isso ainda era pouco para mim que consumia avidamente esses filmes.




Ênio Gonçalves e Luiz Fernando Ianelli em O menino e o vento
 Descobri o Cine Brasil TV, um canal de produção independente que passa vários filmes e o melhor de tudo: é exibido em sinal aberto no satélite para quem quiser assistir. Foi nesse canal que conheci quase todos os filmes do diretor Carlos Hugo Christensen, como “O menino e o vento”, “Enigma para demônios”, “Anjos e demônios”, “Viagem aos seios de Duília” e do diretor e ator Carlo Mossy, um dos reis da pornochanchada, além de tantos outros filmes imperdíveis dos anos 60 aos anos 90. O canal é dirigido por Tereza Trautman (que tive a oportunidade de conhecer e é um amor de pessoa) que nos anos 70 e 80 dirigiu filmes como “Os homens que eu tive” e “Sonhos de menina moça”. Infelizmente o canal passou por alguns problemas quando várias operadoras independentes o retiraram de seu line-up e o número de assinantes caiu drasticamente, mas o canal ainda continua no ar, infelizmente sem muitas novidades.

Denys Derkian em Erótica - A fêmea sensual
O Canal Brasil ainda continuava sendo um sonho, quando descobri a TV por assinatura “Astral Sat” e virei assinante só por causa desse canal. Oito meses depois o canal foi retirado e ela logo faliu. Reclamei muito, mas não adiantou nada. Estava de novo órgão do Cinema Brasileiro quando resolvi assinar a Sky.
Conheci um pouco (ou muito) de cada fase do nosso cinema, como:
• As chanchadas dos anos 50 e 60: “Pintando o sete”, “Entrei de gaiato”, “Dona Violante Miranda”, os filmes do Mazzaropi: “Jeca Tatu”, “Sai da frente”, “Jecão – Um fofoqueiro no céu”, etc.

Maria Ribeiro e Átila Iório em Vidas Secas
• Os filmes do Cinema Novo, difíceis mais indispensáveis: “Terra em transe”, “Deus e o diabo na terra do sol”, “Menino de engenho”, “O pagador de promessas”, “Assalto ao trem pagador”, “Vidas secas”, etc.

Paulo Villaça e Sonia Braga em O bandido da luz vermelha
• O cinema marginal (underground ou udigrudi): “O bandido da luz vermelha”, “A margem”, “O anjo nasceu”, “Bang bang”, “O pornógrafo”, “Os monstros de Babaloo...


• Os filmes de cangaço: “A ilha das cangaceiras virgens”, “Corisco – O diabo loiro”, “O dragão da maldade contra o santo guerreiro”, etc.

Darlene Glória e Paulo Porto em Toda Nudez será castigada
• A era Embrafilme: “Toda nudez será castigada”, “Iracema – Uma transa amazônica”, “Lição de amor”, “Dona Flor e seus dois maridos”, “Bye, bye Brasil”, “Pixote – A lei do mais fraco”, etc.

Odete Lara e Carlo Mossy em Copacabana me engana
• As pornochanchadas: “Essa gostosa brincadeira a dois”, “Quando as mulheres querem provas”, “Dezenove mulheres e um homem”, “A noite das taras”, “As seis mulheres de Adão”, “Giselle”, “Mulher objeto”, “Convite ao prazer”, “O bem dotado – O homem de Itu”, “Bordel – Noites proibidas, etc.
• Os filmes de sexo explícito: “Coisas eróticas”, “Sexo proibido”, “As ninfetas do sexo ardente”, “Colegiais em sexo coletivo”, “Sexo de todas as formas”, “O ônibus da suruba”, etc.

Carolina Ferraz e Bertrand Duarte em Alma Corsária
• Os anos da crise (Era Collor): “Césio 137 – O pesadelo de Goiânia”, “Inspetor Faustão e o Mallandro”, “Sua excelência – O candidato”, “A maldição de Sampaku”, “Alma corsária”, “Capitalismo selvagem”, “A tv que virou estrela”, “Beijo 2348/72”, “Sábado”, “Veja esta canção”...

Leona Cavalli e Paulo Vespúcio em Um céu de estrelas

• A Retomada: “Carlota Joaquina – Princesa do Brazil”, “O quatrilho”, “Terra estrangeira”, “Como nascem os anjos?”, “O que é isso companheiro?”, “Um céu de estrelas”, “Os matadores”, “Central do Brasil”, “Hans Stadden”, “Paixão Perdida” ...

Rodrigo Santoro em Abril Despedaçado
• Os anos 2000: “Villa Lobos – Uma vida de paixão”, “Amélia”, “Cronicamente inviável”, “Tolerância”, “Abril despedaçado”, “Copacabana”, “Durval Discos”, “Deus é brasileiro”, “Viva voz”, “Olga”, “Tapete vermelho”, “Carreiras”, “Achados e perdidos”, “Brasília 18%”, etc.

Débora Falabela e Marieta Severo em A dona da história
• Os filmes da Globo Filmes: “Orfeu”, “A dona da história”, “Sexo, amor e traição”, Trair e coçar é só começar”, “Sexo com amor?”, “O coronel e o lobisomem”, “Se eu fosse você” 1 e 2, “Os normais” 1 e 2, “Cazuza – O tempo não para”, “Verônica”, etc.

Acho que não cabe aqui citar os meus atores e diretores preferidos, pois gosto de quase todos (uns mais outros menos), independente da fase ou época do nosso cinema.

Por falta de tempo acabei cancelando minha assinatura na época da faculdade e até hoje não retornei. Hoje a maioria dos filmes nacionais que assisto são baixados na internet.



15 comentários:

  1. Muito legal essa postagem. Tb sou muito fã do cinema nacional e adoro diretores como Carlão Reichbach e Walter Hugo Khouri. Sinto falta dos bons filmes dos trapalhões no cinema, como Os Saltimbancos Trapalhões. Abs!

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  2. Eu tenho uma lista de todos os filmes que assisti, mas ainda não tive a curiosidade de contar quantos filmes brasileiros. Com certeza não cheguei neste número.

    Assim como o Celo, também sou fã dos filmes de Reichenbach, inclusive já escrevi sobre alguns no blog.

    Por outro lado, acho um desperdício estas novas produções da Globo Filmes com cara de novela.

    Estou recebendo comentários normalmente no blog, não sei qual o problema com os seus, já que recebo e-mail, mas seu comentário não aparece no blog. Depois vou verificar novamente as configurações.

    Abraço

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  3. Faço inveja a vc com esses 1300 filmes nacionais... Confesso que até alguns anos atras ainda tinha uma certa resistência com filmes locais(como a maioria dos brasileiros ainda tem...). Porém, de uns anos pra cá reconheço uma melhora mto grande nas produções e roteiros dos filmes brasileiros, tenho assistido sempre que posso. Aliás o que menos tenho visto ultimamente são os filmes hollywoodianos. Filmes estrangeiros (entende-se não-americanos) têm me conquistado mto, inclusive os brasileiros.

    Apareça!

    Um abraçooo

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  4. Olha Gilberto;

    Se um dia desejar conversar com alguém sobre o cinema nacional, me procure para isso. Me daré um enorme prazer.
    Acredito que já tenho 12.000 títulos assistidos,claro que entre todas as línguas. Porém, do cinema nacional, eu acredito que, de 50 para cá eu não vi menos de 50/60% de todos que foram feitos.
    Minto. Não tenho sido religioso de 30 anos para cá como o era de 30 anos antes.

    Isto porque minha vida foi dentro de um cinema. Eu chegava a passar o dia inteiro entrando em um cinema, saindo e entrando em outro. Isto até a ultima sessão. Então, quando não havia mais nada de inédito para eu ver na semana, voltava para reassistir a tudo de melhor do que já havia visto.

    Cinema era minha vida, o ar que eu respirava, era minha mania, meu tudo.

    Nunca perdi um filme de Ankito, vi quase todos do Oscarito, e até do Mazzaropi e da Derci Gonçalves, que eu não era muito chegado, assisti a quase todos. Grande Otelo? Nem falar. Ele estava em todas.

    Com Eliana e Anselmo Duarte, nem falar. Eles, com Cyll Farney e cia. eram minha troupe. Filmes do Zé Trindade? Nem imaginar que não vi a todos. Segunda amanhecia e eu já me preparava para pegar a primeira sessão, que era às 14hrs. Cinema vivia encarnado no meu sangue, na minha alma, fazia parte de minha existencia.

    Os filmes de cangaceiros, pornochanchadas, policiais, de amor, comédias, tudo, mas tudo mesmo eu vi.

    Mas, nada de se comparar a mim. Tenho 67 e você, com 32. Você ter assistido a 1300 com a sua idade é ver muitos filmes.
    Olha, Gilberto; O filme O Cangaceiro eu acho que vi umas 40 vezes. Absolutamente certo, mais de 60 ou 70. E por aí vai.
    Mas teve um filme que não vi. Assisti ao trailler, mas não pude entrar para assistir pois era impróprio. Foi Dioguinho, com Helio Souto. Nunca mais ouvi falar deste filme. Mas um dia o verei.

    A coisa é essa aí, jovem amigo. E siga nesta, porque tem muitos filmes nacionais dignos de se ver. Quer um exemplo simples e que, se não viu, gostaria de lhe indicar? Veja Independencia ou Morte. Veja e observe que beleza de filmezinho bem feito, bem dirigido, bem organizado. Ótimo.

    Vou parar, senão não conseguirei mais me conter. Começo a falar de cinema e me perco. Abraço p/ti.
    jurandir_lima@bol.com.br

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  5. Jurandir, com certeza quando quiser conversar sobre cinema nacional, é só falar comigo, eu adoro todas as fases e vejo todos os filmes que consigo encontrar. Mas também vejo filmes de todas as nacionalidades, gosto dos franceses, italianos, japoneses, espanhóis, suecos, alemães e claro os americanos, que são a maioria. No total já vi até hoje 4.462 filmes e contando...

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  6. Isto lhe confere um conhecimento quase enciclopédico sobre nosso cinema Gilberto, parabéns meu amigo!

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  7. como conseguir esses filmes antigos nacionais?

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  8. gilberto meu caro sua historia é quase igual a minha rsrsrsrs
    pois tenho 38 anos hoje e conheci o made in brasil.
    acredite minha mae me proibia de assistir as pornochanchadas
    que a band exibia,moral fiquei apaixonado pelo cinema nacional.
    lendo sua fala eu me via dentro do texto.
    pois eu ja assistir ate hoje 1653. e detalhes EU TENHO TODOS ELES (todos que assistir)
    eu explico: eu passei a colecionar filme nacional isso mesmo sao varias estantes em um quarto
    separado, numerados e catalagodos,fitas vhs,dvds etc....
    copio tudo que é novo com um programa baixado(que nao posso dizer o nome,pois ele com certeza sera extinto,como aconteceu com os dois ultimos).
    e compro tambem em sites mercado livre,pessoas que vende anonimamente.
    e tambem faço parceria de troca com pessoas do mundo todo.
    aliaz tenho uma parceira que mora na europa que ja me forneceu mais de 200 titulos.
    é isso ai voçe esta de parabens lopes.932@gmail.com

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  9. Olá Cláudio,

    Muito bom encontrar alguém tão apaixonado por cinema nacional quanto eu e que viu até mais filmes brazukas do que eu. Completei nesse final de semana 1544.

    A cada 100 filmes nacionais assistidos, faço uma postagem no blog em comemoraçã:
    Essa foi a de 1400:
    http://gilbertocarlos-cinema.blogspot.com.br/2012/11/veja-agora-mais-um-filme-brasileiro.html

    E essa de 1500:
    http://gilbertocarlos-cinema.blogspot.com.br/2013/06/eu-gosto-e-de-filmes-nacionais.html

    Abraços.

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  10. Procuro por estes cinco filmes antigos com Dercy Gonçalves:
    Samba Em Berlim (1943), Abacaxi Azul (1944), Caídos do Céu (1946), Folias Cariocas (1948) e Só Naquela Base (1960).
    Se voce tiver, fale comigo. (josecintra@globo.com)

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  11. José Cintra,

    Infelizmente não tenho os filmes que você citou com a Dercy Gonçalves. Acho que são bem raros. Tente com o colecionador adejairdossantos@hotmail.com. A lista dele é bem completa. Quem sabe você encontra com ele.

    Abraços.

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  12. Estou procurando um filme de 77 com a Regina Duarte chamado "Chão Bruto".

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  13. se alguem puder me ajudar !!! procuro um filme entre 1980 ate 1985 que tinha uma parte onde aparecia um ator vestido de noiva e cantando uma versao debochada da musiva , ave maria pro nosso amor, se alguem souber meu e mail é cyclonnz@hotmail.com ou naorzalei@gmail.com. ficarei eternamente grato, abração a todos

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