Um dos filmes indispensáveis a qualquer amante da sétima arte que se preze. Vencedor de dezenas de prêmios como o Oscar e o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro e o grande prêmio do Júri no Festival de Cannes. A lista completa dos prêmios é mostrada no início do filme.
Um produtor de cinema, Salvatore (Jacques Perrin) recebe a notícia da morte de seu grande amigo Alfredo (Philippe Noiret dublado) que lhe ensinou a amar o cinema na época em que trabalhava como projecionista em sua cidade natal. Um longo flashback mostra a vida desse personagem desde quando era criança (vivido pelo adorável Salvatore Cascio que padeceu do mal que acomete várias crianças famosas, o de desaparecer depois que começam a crescer), quando acompanhava as sessões do cinema Paradiso, mas não se deu por satisfeito enquanto não conseguiu trabalhar também como projecionista, já que sua paixão por cinema ia além, ele queria estar envolvido mais diretamente no processo.
O título original é NUOVO CINEMA PARADISO, que é explicado depois de um tempo de projeção, quando o primeiro cinema pega fogo e um homem que ganhou na loteria promove a sua reabertura.
O menino apelidado de Totó (parece nome de cachorro) é coroinha nas horas vagas e cochila durante as missas, já que passa as noites no cinema. Quando ele se torna adolescente sua atenção é dividida pelo amor que sente por uma colega de colégio, que ele passa a ficar todos os debaixo debaixo de sua janela até que ela se apaixone por ele, o que realmente acontece, mas quando ela tem que se mudar, o romance fica abalado. Há uma versão estendida com meia hora a mais que mostra o reencontro do casal depois de adultos, mas essa versão não foi lançada em DVD e o espectador sente falta de uma resolução desse amor.
O padre local assistia com antecedência aos filme e mandava que fossem cortadas todas as cenas de beijo, sob vaias da plateia. Salvatore recebe de presente de Alfredo um copião com essas cenas, que são mostradas ao final numa seqüência emocionante. Há também durante todo o filme, cenas de dezenas de outras películas que fazem a festa de qualquer cinéfilo.
Uma declaração de amor ao cinema.
Direção: Giuseppe Tornatore. Com: Philippe Noiret, Jacques Perrin, Salvatore Cascio, Drama, 123 min.
Simplesmente magnífico esse filme. Realmente uma obrigatoriedade. Não sei descrever as emoções que senti ao vê-lo. De uma sensilibilade e beleza pouco vistos no cinema. Assim como "O Carteiro e o Poeta", com o mesmo ator, Philippe Noiret, interpretando Neruda.
ResponderExcluirBelíssimo post!
Abraço pra você.
Mesmo com alguns clichês e de momentos carregados de pieguice, realmente se trata de um filme adorável, meu caro: bela recordação e excelente resenha!
ResponderExcluirColocando toda a minha atrasada leitura por aqui: acertaste em cheio com a homenagem à luta das mulheres (e não à mulher em si, como falei nos Morcegos); meus parabéns atrasados pelo teu aniversário (bom ver alguém feliz neste mundo cão: a foto ficou muito legal); e ainda é um sonho pra mim o Canal Brasil - na minha TV por assinatura não consta esse canal...
Abração e apareça!
Este filme deve ser muito lindo! Só sinto não te-lo visto no seu lançamento. E a TV, que só passa e repassa filmes de lutas, tiros, mortes e etc, nunca se dignou a passar esta coisa, que julgo uma perola!
ResponderExcluirjurandir_lima@bol.com.br
É Jurandir, infelizmente Cinema Paradiso não passa com muita frequencia na TV aberta, acho que isso acontece com maior frequencia na Tv a cabo. Ainda bem que tenho o DVD original que me foi presenteado por uma amiga. Abraços
ResponderExcluirEsse filme dispensa comentários...É uma verdeira obra de arte. É uma daquelas poesias, das mais refinadas, feitas por Fernado Pessoa, Drummond, Manuel Bendeira, Vinícius de Moareas, etc.
ResponderExcluirPra mim, é o maior filme já feito até então...Ribamar Neves