quarta-feira, 3 de agosto de 2011

CILADA.COM


Por muitos anos o cinema brasileiro foi visto com preconceito por parte do público devido ao grande número de palavrões e cenas de sexo contidas nestes filmes e provenientes da pornochanchada. Esse estigma foi superado mas ameaça voltar depois do lançamento de Cilada.com.

O programa Cilada foi criado pelo ator/roteirista/diretor Bruno Mazzeo (que diga-se de passagem é filho de Chico Anysio) para o canal por assinatura Multishow. Depois de seis temporadas de sucesso, o programa que na Tv tem meia hora de duração (contando com os comerciais) chegou aos cinemas com uma pretensa história mais elaborada que visa prender o espectador por mais de 100 minutos.

Bruno (Bruno Mazzeo) trai Fernanda (Fernanda Paes Leme) e para se vingar ela coloca na internet um vídeo onde ele tem ejaculação precoce durante o ato sexual. O vídeo faz sucesso e todo mundo começa a avacalhar com ele. E é aí também que começam os palavrões proferidos incessantemente por quase todos os personagens, inclusive por um Fúlvio Stefanini com um cabelo pavoroso.
 

Chega a ser constrangedor em certas cenas o nível rasteiro das piadas que envolvem ejaculação (claro), mau hálito, travestismo, prostituição e até um pênis de borracha. As cenas de sexo são até discretas, o pior é aquilo que sai da boca dos personagens. Não estou querendo parecer puritano, longe de mim, só achei que Cilada.com é um retrocesso no bom nível dos filmes nacionais. Nem deveria ter sido feito. Mas apesar disso está fazendo muito sucesso, já que o público carece de filmes populares. Já fez mais de 2,3 milhões nas bilheterias. O público ri muito durante a projeção, mas depois vem o gosto amargo na boca, provindo de uma piada mal contada. Ou será que viramos todos adeptos do politicamente correto?


5 comentários:

  1. Taí um filme
    que nem quis arriscar.
    Meu preconceito é maior
    do que um episódio de TV
    estendido.

    ResponderExcluir
  2. Gilberto, não acho "preconceito". O cinema brasileiro de fato era só isso mesmo, e não falo em nome do moralismo não, não sou moralista. Felizmente o cinema nacional está mudando, já tem qualidade. Ainda está no início da
    caminhada nessa direção, mas está ganhando terreno. E não tem que ganhar só terreno, é preciso que o cinema nacional ganhe respeito, pois tem gente muito boa aqui. O Brasil é um país de muitos estigmas comportamentais. É considerado um país de mulheres fáceis, de sexo fácil, de nudez, de carnaval e desfiles de mulheres e homens nus. Nem no futebol temos tanto respeito mais.
    Esse tipo de filme aí, pra mim, é um retrocesso imenso, uma volta à pornochanchada, cujo único intuito era atrair público com sexo sem contexto e o único compromisso era garantir a bilheteria. É verdadeiro atraso na evolução do cinema brasileiro.

    ResponderExcluir
  3. eu entedi que eli não cosegea de jer que amava

    ResponderExcluir
  4. Preconceito talvez, ignorancia certamente, falam de "cinema brasileiro" e q o "filme brasileiro" como se fosse um genero, isso ja passou da hora de acabar. Cinema nacional pode ser drama, erotiso, infantil e comedia rasgada apelatica desbocada como essas e outras e tem seu publico, INDEPENDENTE SE É BRASOLEIRO OU NÃO....

    ResponderExcluir
  5. Infelizmente, não na sua totalidade, mas o nosso cinema vive destas e de outras, nem sei se piores.
    É um estigma do nosso cinema. E o mais dificil, em qualquer ocasião, é você se sentar numa sala para ver um filme nacional com um filho ou filha sua. Nada melhor que isso se pode esperar, já que é uma tradição este tipo de palavreado no nosso cinema, achando que isto chama o publico e o filme faz sucesso.
    Ledo engano, já que vi tantos filmes nacionais sem qualquer tipo de apelação e que se tornaram sucessos de bilheteria.
    A baixaria é demais e o conteudo do post não tem nada de preconseituoso ou de se achar puritano. É uma vergonha o que se filma neste país para nossas familias verem!
    jurandir_lima@bol.com.br

    ResponderExcluir