sexta-feira, 19 de agosto de 2011

DIVÃ


Divã é o filme onde Lilia Cabral vive sua primeira protagonista, depois de vários anos interpretando coadjuvantes em filmes como Dias melhores virão (1989), Stelinha (1990) e A partilha (2001) ou em novelas como Tieta (1989), Páginas da vida (2006) e A favorita (2008). Agora também virou protagonista da novela das oito que estreia dia 22/08, Fina Estampa.

O filme é dela e talvez não tivesse a mesma graça com outra atriz. Ela também participou da peça homônima que ficou em cartaz por três anos, viajando por todo o país com grande sucesso. No primeiro semestre desse ano foi ao ar pela Rede Globo a primeira temporada de Divã que teve 8 episódios, mas agora que Lilia está no elenco da novela, a 2ª temporada deve demorar um pouquinho.

José Alvagenga Jr. (Cilada.com, Os normais – O filme), faz a adaptação para o cinema, contando a história de Mercedes (Lilia Cabral), uma mulher de mais de 40 anos, aparentemente bem casada e feliz que resolve fazer análise. A partir disso começa a repensar sua vida e o casamento com Gustavo (José Mayer) que já dura 20 anos e apesar de haver amor, parece meio sem graça. É quando ela conhece Téo (Reynaldo Gianechini) um homem mais jovem que é útil para que ela perceba que está precisando mesmo de uma sacudida em sua vida. O romance não dura muito e o casamento também acaba. Então ela começa um namoro com o personagem de Cauã Reymond que a leva para a balada, mas que também não é muito duradouro.


Mercedes fica o tempo todo conversando com seu terapeuta (do qual nunca chegamos a ver o rosto ou ouvir a voz) contando sobre suas frustrações e esperanças, mas a personagem com quem ela mais se identifica e que também é sua confidente, é sua melhor amiga, Mônica (Alexandra Richter). A amizade entre as duas é a coisa mais forte do filme, mais até do que o romance com os dois jovens galãs.

É fácil rir com as agruras e os problemas de Mercedes, que busca emoções mais fortes para sua vida. O filme provoca risos quase o tempo todo, até o momento em que uma doença surge na vida de um dos personagens e o clima fica mais pesado. É meio estranho, quando de repente tudo desaba, pois não esperamos por uma má notícia, mas na vida real também é assim: não acontecem só coisas boas e ao final tudo serve como aprendizado.

Em um momento, Mercedes fala com Gustavo da importância de falar e não guardar nada para si. Essa fala funciona como uma explicação para o filme, pois é através da terapia que Mercedes percebe que sua vida não está do jeito que ela gostaria que fosse e tenta fazer com que ela fique mais emocionante.


Hoje às 22 horas no canal Megapix


3 comentários:

  1. Muito bom, uma das melhores produções nacionais dos últimos tempos. Lilía Cabral está apaixonante.

    http://cinelupinha.blogspot.com/

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  2. Gosto da Lilian Cabral. E por ela eu veria este filma. Mas, que todos me desculpem. Porém, ter que aturar aquela cara do tal Cauã, não vai dar. Não vou me castigar assim fazendo tal sacrificio. Ele é incrivelmente desagradável, com aquele jeitão de simples, mas que não é nada disso. Gosta de ser achado bonito, bom de interpretação, irresistivel, com voz daqueles atores do cinema mudo que não era possivel ouvi-lo no cinema falado. Cauã não é simples como tenta aparentar. Ele se mostra assim, mas é um homem com suposta casta superior, metido a bonito e mestre de si mesmo. Tenho certeza que, assim como eu, muitos o querem ver pelas costas.
    Porque todos os atores não se miram num Meira, num Ramos, num Gianechinni, num simplesmante acima do natural Cuoco? São todos homens de rostos belos, corpos, talvez hoje não, estão maduros, mas que eram Deuses de beleza. E, no entanto, sempre foram mais que simples.
    jurandir_lima@bol.com.br

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  3. Também não gosto muito do Cauã. Acho ele muito metido. Ainda bem que não tenho o costume de assistir as novelas das seis, senão ainda o veria em CORDEL ENCANTADO. Mas esse filme é só da Lilia CAbral.

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