A um passo da eternidade acontece no Hawaii em 1941, ou seja, durante a 2ª guerra mundial, pouco antes dos ataques japoneses a Pearl Harbor. Mas o que menos importa aqui é a guerra e sim a vida desses soldados que estão em uma base militar aguardando para entrar em ação, em especial dois deles, Robert E. Lee Prewitt (Montgomery Clift), que é tocador de corneta e lutador de boxe, mas se recusa a continuar fazendo isso depois que cego um amigo durante uma luta; e um sargento que está feliz dessa forma e não quer se tornar oficial (Burt Lancaster) e se apaixona pela mulher mal amada de um comandante (Deborah Kerr). Tornou-se inesquecível e um dos takes mais lembrados do cinema, a cena dos dois se beijando na areia da praia, banhados pelas ondas. Cena muito bela, mas que resulta rápida demais na tela.
O filme venceu 8 Oscar: Filme, Diretor, Roteiro, Ator coadjuvante (Frank Sinatra), Atriz Coadjuvante (Donna Reed), Fotografia, Montagem e Som e ainda foi indicado a outros quatro: Ator (Montgomery Clift, Burt Lancaster), Atriz (Deborah Kerr) e Som.
Por não querer lutar num torneio de boxe, Roberto sofre humilhações e faz serviços pesados e numa de suas folgas conhece a prostituta de bom coração, Lorene (Donna Reed) por quem se apaixona, mas ela se recusa a casar com ele, por não achar a profissão de soldado muito digna. Montgomery Clift vive mais um de seus personagens atormentados por atos do passado que prefere ser humilhado a se submeter aos outros.
Nos treze minutos finais, acontece o ataque dos japoneses. Algumas cenas de explosão parecem de arquivo e são muito escuras, mas o bombardeio à base parece real. É nesse momento que o título do filme é explicado, pois Robert gosta tanto de ser soldado que mesmo machucado, faz de tudo para lutar. O nome de Burt Lancaster aparece primeiro nos créditos, mas o verdadeiro protagonista é Montgomery Clift.
Os clássicos são sempre indispensáveis. Este pela história de guerra, mas quase sem guerra; o elenco impecável; a cena da praia e Montgomery Clift, carismático como sempre.
Direção: Fred Zinnemann. Com: Burt Lancaster, Montgomery Clift, Deborah Kerr, Frank Sinatra, Donna Reed e Ernest Bornigne. Drama, 118 min.
Realmente, um grande clássico desses memoráveis.
ResponderExcluirPense num filme que idolatro... Perfeito... A Deborah e o Burt estão sensacionais... Clift e Sinatra merecem palmas... Só não faz falta o antipático do Ernest Borgnine... Também trocaria a tensa Donna Reed por uma Shelley Winters, por exemplo...
ResponderExcluirO Falcão Maltês
Gostaria demais de poder ver tantos filmes quanto tenho vontade, principalmente os clássicos. Como não me é possível,termino por ver alguns filmes no cinema. O "ir ao cinema", o cheiro de cinema, a atmosfera de cinema, tudo isso me atrai. E acabo não vendo os clássicos. Além disso, só recentemente tomei conhecimento de um ótimo sebo de cinema, de filmes clássicos, aqui em São Paulo e, embora meio distante de onde moro (tenho que tomar o metrô para ir até lá), arrumarei uma maneira de reservar um tempo para vê-los em casa.
ResponderExcluirÓtima dica, esta.
Um abraço.