segunda-feira, 15 de agosto de 2011

LIVRO: IMAGENS INGMAR BERGMAN


Tinha visto o livro Imagens de Ingmar Bergman na Livraria Siciliano há algum tempo e acabei não comprando, agora o encontrei novamente na Livraria Saraiva e dessa vez não resisti. Ainda bem...

Imagens foi concebido originalmente como uma coletânea de entrevistas com Ingmar Bergman feitas por Lasse Bergström. As perguntas foram eliminadas e o texto em seguida redigido por Bergman. Foi publicado inicialmente em sueco em 1990. A 1ª edição brasileira é de 1996 e está em sua 5ª tiragem. No fundo é uma fotobiografia de Bergman, que traz além de fotos de seus filmes, imagens dos sets de filmagem, palcos de teatro e de sua vida privada.

O livro está dividido em 6 capítulos, onde dependendo do tema, o diretor comenta sobre detalhes da produção de cada um de seus filmes:

Em Sonhos/sonhadores, Bergman revela como os sonhos que teve, inclusive na infância o influenciaram a realizar os filmes Morangos Silvestres, A hora do lobo, Persona - Quando duas mulheres pecam, Gritos e sussurros...

Em Primeiros Filmes, fala de Porto, Prisão e Sede de paixões...

Farsas/farsantes é sobre sua paixão pelo teatro e consequentemente sobre O rosto, O rito, Noites de circo, O ovo da serpente...

Sua fé (ou falta dela) é comentada em Crença/descrença que fala de O sétimo selo, Através de um espelho, Luz de inverno...

Em Outros filmes, Bergman fala de sua paixão pelos atores Bibi Andersson, Liv Ullmann (foto), Harriet Andersson, Max Von Sydow, Victor Sjoström, Ingrid Thulin, Gunnar Björnstrand e dos filmes Mônica e o desejo, Vergonha e A paixão de Anna.

Bergman ficou marcado pelos dramas, mas dirigiu também comédias que são comentadas no último capítulo: Sorrisos de uma noite de amor, A flauta mágica e Fanny e Alexander.

Quando o livro acaba é como se abandonássemos um gênio.

Cena de Persona - Quando duas mulheres pecam que no livro é citado apenas por seu subtítulo


 

3 comentários:

  1. Puxa, Gilberto, fiquei muito interessado no livro. Bergman fala porque deixou de filmar com Max Von Sydow nos últimos anos? Será que houve alguma rusga entre eles?

    O Falcão Maltês

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  2. O livro é ótimo, Antonio. Bergman não fala dessa questão do Max Von Sydow. Cita quais eram os atores com quem tinha prazer de trabalhar, mas parece que o preferido de todos era Gunnar Bjönstrand que ele fez questão que participasse de Fanny e Alexander (1982), mesmo ele já estando doente e com dificuldades para decorar as falas. Então Bergman refilmava as cenas dezenas de vezes, sem reclamar...

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  3. Vivi minha vida cinematográfica, arraigada e voraz em filmes, vagando entre as chanchadas nacionais (nosso tesouro cinematográfico), os filmes americanos e alguns poucos estrangeiros (europeus) exibidos na minha Boa Terra,
    Peliculas estrangeiras (mexico, japão, itália, frança e russia, principalmente estes, vinham raros às nossas telas. Olhem; Rocco e Seus Irmãos, italiano, Punhos de Vitoria, japones, O Quadragésimo Primeiro, russo, Grisbi - Ouro Maldito e O Salário do Medo, ambos franceses, e Diana a Caçadora e Flechas Envenenadas, agora ambos mexicanos, foram filmes que tive a graça de ver, numa época rarissima, onde ainda passavam filmes europeios na Bahia. Hoje? Hoje perdemos este privilégio, sendo, peliculas como estas, apenas exibidas em salas especiais.
    Que me intitulem de conservador. Tudo bem, e talvez atá tenham razão. Porém, eu vi tudo de bom que o cinema já fez. Eu vi La Dolce Vita, no seu lançamento. Eu vi A Felicidade Não se Compra e assisti a Rastros de Ódio. Graças a Deus. E todos eles em mão primeira.
    jurandir_lima@bol.com.br

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